Bronzeamento

O verão se aproxima e garantir um bronzeado já é meta de muitos. Quem não quer ou não tem tempo de se expor ao sol conta com algumas alternativas para exibir a cor da estação mais quente. Se pensou em câmaras de bronzeamento, está errado. Não podem mais ser utilizadas para fins estéticos no Brasil por aumentar as chances de desenvolver câncer de pele, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Uma das opções é o autobronzeador. “Se a pessoa não for alérgica, não traz problema algum”, disse o dermatologista Agnaldo Augusto Mirandez, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e diretor da clínica Perfetta, em São Paulo. Segundo a esteticista Iara Rocha, os lançamentos não conferem mais a indesejável cor alaranjada e já se nota mudança na tonalidade da pele após a primeira aplicação.

O produto deve ser espalhado de forma uniforme com o intuito de evitar manchas. Use apenas o restinho que ficar nas mãos para passar nos joelhos e cotovelos, porque tendem a ficar mais escuros.

Bronzeamento à jato ou com spray
Para aqueles que preferem não correr o risco de errar, podem investir nos bronzeamentos como os oferecidos pela Jet Bronze e Magic Tan. Apostam em produtos com princípios ativos encontrados nos autobronzeadores, como o DHA. O dermatologista lembra que só trazem prejuízos a pessoas alérgicas. “A solução age nos aminoácidos que se encontram na epiderme, a camada superficial da pele, sem ser absorvida pelo corpo e sem causar dano algum ao organismo da pessoa”, afirmou a Magic Tan.

Prometem deixar a cor uniforme devido ao tipo de aplicação que oferecem. No caso da Jet Bronze, é a jato e usa-se um compressor de ar e, da Magic Tan, dois sprays para pulverizar a substância. As empresas recomendam apostar na esfoliação de um a dois dias antes. É que eliminar as células mortas aumenta a durabilidade, que pode se estender de sete a 15 dias.

Após a aplicação (que leva 20 minutos pela Jet Bronze e 30 segundos pela Magic Tan), é importante permanecer de seis a oito horas sem tomar banho ou suar excessivamente. A sessão de bronzeamento da Magic Tan custa de R$95 a R$ 110 e, a da Jet Bronze, R$ 60, em média.

Sol
Como não poderia deixar de ser, o sol continua sendo uma alternativa para o bronzeado. Apesar dos males que pode causar, como câncer e envelhecimento precoce, os que se expõem a ele com moderação conquistam aquela corzinha dourada e ainda são beneficiados com a síntese da vitamina D.

Para potencializar os efeitos na pele, a dica é consumir alimentos ricos em betacaroteno, como cenoura, mamão, abóbora e rúcula. Ao ser transformado em vitamina A pelo organismo, estimula a produção de melanina.

Não há quantidade estabelecida oficialmente, mas acredita-se que cinco porções por dia sejam suficientes. Exagerar pode deixar as palmas das mãos e as plantas dos pés amareladas.

Comece a incrementar o cardápio com 15 dias a um mês de antecedência. Quem quiser ingerir cápsulas de betacaroteno deve procurar por um médico ou nutricionista.

Cuidados
Pretende ficar com a cor do pecado com o auxílio do sol? Então, evite-o entre 10h e 16h e use sempre protetor solar. Mirandez recomenda a partir do fator 20. Passe-o meia hora antes da exposição e reaplique-o a cada 2 horas ou depois de suar ou mergulhar. Invista em chapéus, óculos escuros e guarda-sol.

Prolongar a cor
Depois de conquistar o tão almejado bronzeado, há como prolongá-lo? A clínica Dicorp, no Rio de Janeiro, lançou uma opção que promete conservar o tom dourado por mais tempo: máscara de mel e gel marine. O resultado dura cerca de 10 dias e pode chegar a 20 caso continue se expondo ao sol.

A esfoliação corporal é a primeira etapa para que a cor fique uniforme. A máscara vem em seguida. A hidratação termina o processo. Vale apostar na novidade até mesmo depois de sair da praia ou da piscina, sem perigo de manchar a pele, como informou a clínica. O valor é de R$ 90.

Câmaras de bronzeamento
A Anvisa publicou, no dia 11 deste mês, a resolução RDC 56/09, que proíbe, além do uso, a importação, o recebimento em doação, aluguel e a comercialização das câmaras de bronzeamento.
A medida foi motivada pelo surgimento de novos indícios de prejuízos à saúde. O estudo de um grupo de trabalho da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde, indicou que aumenta em 75% o risco do desenvolvimento de melanoma (tipo de câncer de pele agressivo) em pessoas que se submetem ao procedimento até os 35 anos de idade.

A proibição não se aplica aos equipamentos que emitem radiação ultravioleta destinados a tratamento médico ou odontológico. “As câmaras são indicadas principalmente para tratamentos de psoríase e vitiligo. Ajuda na repigmentação da pele no caso do vitiligo e a diminuir o número de lesões causadas pela psoríase”, disse Mirandez.

Fonte: Terra